quarta-feira, 4 de julho de 2012

COLUNA




O triste fim de um Sujeito Composto “até demais”...
Era uma vez um sujeito simples que, ao dizer sim a uma proparoxítona, transformou-se em um sujeito composto. Hum... eram predicados pra lá, adjetivos pra cá, cacofonias a mil! Quando de repente (sempre tem um de repente!), uma oração sem sujeito apareceu.
O sujeito simples encantou-se com os predicados nominais dela e esqueceu-se que era um sujeito composto... A oração sem sujeito passou à oração coordenada. E o sujeito composto agora era um sujeito composto até demais!

Mas, como neste mundo há muitas vírgulas e reticências que contextualizam tudo, a proparoxítona ficou sabendo de tudo e o sujeito composto "até demais" tornou-se, novamente, um sujeito simples só que agora por receber uma negativa de sua proparoxítona.

O sujeito simples e a oração coordenada até tentaram encontros vocálicos, encontros consonantais, mas o máximo que conseguiram foi uma regência mal empregada. O sujeito simples pensava muito na época em que era um sujeito composto cheio de metáforas, metonímias e sinestesias com a sua proparoxítona e, assim, ele mandou a oração coordenada ser uma oração sem sujeito novamente.

O sujeito simples, em meio as suas sintaxes mal resolvidas, tentou novamente ser um sujeito composto.... Mas como ele havia sido um sujeito composto no superlativo não obteve resultados positivos, já que havia entrado na história o acordo ortográfico que mexeu muito com o radical da proparoxítona.

E só restou ao sujeito simples conjugar seu verbo no pretérito imperfeito pra sempre.



Rita Germano
Professora, leitora, escritora e amadora. Roteirista - não praticante - da sua vida. Mas, para o mundo acadêmico, é mestranda em Educação pelo PPGE- FURG, especialista em Leitura e Produção Textual pela UFPel, licenciada em Letras  pela Furg. Coordenadora do Polo de Apoio Presencial de EaD de São José do Norte e Coordenadora de Projetos na Secretaria Municipal de Educação e Cultura de São José do Norte.

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